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Pesquisa de doutorado sobre abelhas das orquídeas está sendo realizada em área do Câmpus São Vicente

Publicado por: Campus São Vicente / 29 de Novembro de 2016 às 13:51

Uma região de Reserva Legal do IFMT São Vicente está sendo usada como área de estudo para uma tese de doutorado a respeito da dinâmica de populações das abelhas das orquídeas (Apidae: Euglossini), usando o método de marcação-recaptura.

O estudo está sendo desenvolvido pela doutoranda Marta Helena Schorn de Souza, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte (PPG-Bionorte), que tem como orientador o professor Evandson José dos Anjos Silva, Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

O objetivo da pesquisa é obter informações a respeito da dinâmica populacional de seis espécies de abelhas das orquídeas em dois fragmentos de área de cerrado no estado de Mato Grosso. Um deles está localizado na área do IFMT São Vicente e o outro é na região de Rondonópolis, no Parque Estadual Dom Osório Stoffel. Procura-se, também, estimar o tamanho das populações das espécies, identificar os fatores ambientais que podem influenciar em sua dinâmica e conhecer a composição e diversidade da comunidade de abelhas.

De acordo com Marta Helena, nas florestas Neotropicais as abelhas das orquídeas (Hymenoptera: Apidae: Euglossini) estão sendo consideradas vitais para a sobrevivência, a dinâmica e a persistência de habitats naturais e seminaturais, visto que estão dentre os principais polinizadores das angiospermas. A fragmentação florestal, oriunda do desflorestamento está entre os principais fatores de declínio na biodiversidade da flora e da fauna.

Mato Grosso está entre os estados que mais desflorestaram nas últimas décadas, e o cerrado é responsável por 5% da biodiversidade do planeta. Assim, é possível supor que componentes importantes da biodiversidade e os serviços ambientais prestados por vários organismos nesses locais estejam sob algum tipo de ameaça, sendo os mesmos negligenciados nos planos de ordenamento ambiental. A realização de estudos envolvendo a fauna de insetos polinizadores, como é o caso das abelhas nativas, se tornam primordiais para a manutenção das áreas naturais e seminaturais.

As coletas dos machos de Euglossini serão realizadas mensalmente, durante 20 meses, com cada campanha de coleta tendo a duração de três dias consecutivos. O método empregado será o de marcação-recaptura, técnica importante para estimar não apenas a densidade, mas também para estimar a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade das populações.

Conforme o projeto, a doutoranda espera conhecer a estrutura e a dinâmica de populações de seis espécies de abelhas Euglossini no cerrado mato-grossense, obtendo informações básicas de sua genética para subsidiar a discussão de estratégias para a conservação das abelhas nativas na região.

As espécies de abelhas a serem estudadas são: Eulaema mocsaryi (Friese, 1899), Eulaema bombiformis (Packard, 1869), Eulaema meriana (Olivier, 1789), Exaerete frontalis (Guérin-Méneville, 1845), Exaerete smaragdina (Guérin-Méneville, 1845) e de Euglossa imperialis (Cockerell, 1922).

Em São Vicente, a coordenadora deste projeto é a professora Hérica Clair Garcez Nabuco. O Departamento de Pesquisa, sob chefia da professora Marleide Guimarães de Oliveira Araújo, está em processo de firmar um Termo de Cooperação entre o IFMT São Vicente e a Unemat Câmpus Cáceres para facilitar o intercâmbio de ações, atividades e trocas de experiências.

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