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Bovinocultura: Estudantes do IFMT São Vicente participam da última vacinação contra a aftosa

Publicado por: Campus São Vicente / 19 de Dezembro de 2022 às 10:38

Entre os dias 17 e 24 de novembro, 115 estudantes dos cursos Técnico em Agropecuária e Bacharelado em Zootecnia, realizaram a última vacinação contra febre aftosa no rebanho da escola fazenda, além de outras práticas como vacinação antirrábica, aplicação estratégica de vermicidas e tratamento tópico contra ectoparasitos.

Os estudantes foram acompanhados pelo professor Saulo Teixeira de Moura, responsável pelas disciplinas de Bovinocultura e Sanidade Animal, que destacou que “vacinação anti-aftosa tem previsão de ser a última campanha no estado de Mato Grosso”.

Quanto à antirrábica, Saulo destaca que houve esta aplicação “já que o nosso campus se localiza numa área de ocorrência desta zoonose e todos os anos os bovinos são revacinados”.

A aplicação de vermicidas, antes da chegada do período chuvoso no Cerrado, se deve para evitar uma infestação prejudicial aos rebanhos, devido ao aumento de umidade e do ambiente mais favorável aos helmintos parasitos de bovinos. O tratamento contra ectoparasitos, como carrapatos e moscas, é porque costumam crescer de forma exponencial no período de primavera/verão em nosso bioma.

Todas as práticas foram acompanhadas e supervisionadas, além do professor responsável por essas disciplinas, pela equipe de apoio do Departamento de Produção e dos estagiários e monitores das áreas de Bovinocultura de Leite e de Corte.

“As atividades desenvolvidas por todas as turmas foram as mesmas, porém com total respeito aos medicamentos e vacinas a serem aplicadas aos animais, com ênfase no rebanho leiteiro, devido à necessidade de não deixarmos resíduos que pudessem impedir o a utilização do leite in natura”, explica Saulo.

Vacinação contra aftosa
O Programa Nacional de Combate e Erradicação da Febre Aftosa dividiu o nosso país em regiões criadoras de bovinos, devido às suas características. Mato Grosso é a penúltima dessas regiões a suspender as campanhas de vacinação.

O Norte de nosso país já não vacina há mais de cinco anos e é reconhecida técnica e comercialmente, em todo mundo, como uma Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, como é o caso do estado de Rondônia, nosso vizinho. Como temos o maior rebanho bovino do Brasil e, junto com o Mato Grosso do Sul e de Goiás, criamos mais de um terço do rebanho brasileiro (cerca de 36%), mais cuidados foram necessários para se tomar este passo dentro do avanço de nossa bovinocultura.

“Se tornar reconhecido mundialmente como livre de Febre Aftosa sem ter necessidade de vacinações, nos torna um estado com grandes perspectivas de abrir novos mercados, pois vários países não comercializam a carne bovina vinda de regiões que ainda utilizam a vacinação contra Febre Aftosa como medida sanitária”, completo Saulo.

“E é neste novo patamar que Mato Grosso passará a galgar daqui pra frente. Assumiremos mais responsabilidades, tanto os produtores, os órgãos oficiais de saúde animal, bem como as escolas formadoras de novos técnicos, que vão capitanear todo esse esforço de nos tornarmos, de forma real, o primeiro mundo na produção de alimentos cada vez mais nobres e de qualidade, além de nos equipararmos a países como os Estados Unidos da América, que sempre foi um dos objetivos da Pecuária Brasileira”, comemora o professor.

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