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Campo Verde: Experimentos geram conhecimento científico para resolução de problemas na agricultura

Publicado por: Campus São Vicente / 15 de Abril de 2015 às 12:41

Diversos experimentos, com culturas como soja, milho, tomate e arroz, estão sendo desenvolvidos no Núcleo Avançado de Campo Verde, do IFMT Câmpus São Vicente, por acadêmicos do curso Bacharelado em Agronomia.

Os estudantes do curso receberam o conceito 4.0 no Enade 2013, que teve o resultado divulgado recentemente. Esta nota colocou o curso de Agronomia do Câmpus São Vicente em 1º lugar em Mato Grosso, em 1º lugar no Centro-Oeste e em 14º no ranking Brasil. 

Os experimentos realizados pelos estudantes fazem parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e são orientados por professores da instituição. Estes variam desde testes de dosagem de nitrogênio a indutores de enraizamento, passando também por avaliações de fungicidas e inseticidas.

>>> Veja fotos dos experimentos 

De acordo com o professor Charles de Araujo, diretor do Núcleo Avançado de Campo Verde, a realização de experimentos “além de possibilitar aos alunos vivenciar na prática as atividades relacionadas ao cultivo das principais espécies agrícolas, gera conhecimento científico para resolução de problemas enfrentados na agricultura recentemente”.

Um dos experimentos, com soja, procura avaliar diferentes coberturas de inverno, como milho, sorgo, milheto, para verificar o efeito sobre a produtividade da soja em função da cultura antecessora. Esta cobertura é usada para manter palhada, proteger o solo e reduzir a perda de nutrientes. “Nesse experimento, o aluno irá avaliar exatamente quais diferenças existem em termos de produtividade da soja”, explicou Charles. 

Em outra área do campo experimental verifica-se testes que estão sendo feitos, também no cultivo da soja, com diferentes produtos (fungicidas, inseticidas) para controle de pragas e doenças, em especial da ferrugem asiática.

Já no algodão safrinha, também orientado pelo prof. Charles, está sendo testado o efeito do nitrogênio na cultura, utilizando-se de diferentes fontes do nutriente. Um deles é um fertilizante com polímero, que envolve a partícula do nutriente. “Esta polimerização tem por objetivo fazer com que a solubilidade do fertilizante aconteça de forma mais lenta ao longo do crescimento e da exigência da planta. Isto é importante porque o nitrogênio no solo, logo que aplicado, pode ser perdido por conta de diversas reações que acontecem”, esclarece o professor.

Um dos experimentos na cultura do milho está testando alguns indutores de enraizamento para avaliar como a planta vai se desenvolver em uma fase onde a quantidade de água no solo é menor. Neste caso, se você tem uma planta que possui um sistema radicular mais profundo, consegue absorver água em uma camada mais profunda do solo, consequentemente produzindo mais.

Na estufa, outros acadêmicos avaliam formas de condução do tomate-cereja, que tem tutoramento com bambu ou fitilho; e também indutores de enraizamento na soja, semelhante ao que é realizado no cultivo do milho.

O professor explica que “a soja tem passado por períodos de stress devido a questões climáticas. Se é uma planta que tem condição diferente de desenvolvimento do sistema radicular ela suporta períodos mais longos sob menor disponibilidade de água”.

Na cultura do feijão, o enraizamento utilizando produtos que estimulem a formação do sistema radicular também está sendo avaliado, assim como diferentes fontes de nitrogênio.

A Profª Rita de Cássia Santos Goussain, que também orienta algumas monografias cujos experimentos estão sendo desenvolvidos, afirma que “a condução dos experimentos é realmente importante para a formação dos alunos. É o momento de dedicação, onde eles se envolvem e colocam em prática muito do que aprenderam ao longo do curso”.

Além disso, segundo ela, os resultados dos experimentos normalmente são publicados em revistas e eventos científicos, contribuindo para divulgar o curso de Agronomia e a instituição, bem como enriquecer o currículo dos alunos. Essa prática com a pesquisa também prepara o aluno que busca uma vaga em cursos de mestrado.

“Outra importante contribuição do envolvimento com a pesquisa é a formação profissional. Muitas vagas no mercado de trabalho são para desenvolvimento de produtos e, para isso, devem ser montados experimentos em campo. Inclusive, temos vários ex-alunos do curso de Agronomia que estão atuando nesta área em multinacionais”, complementa a professora.

 

 

Sérgio Thompson
Ascom/São Vicente

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