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Treinamentos, falta de professores e logística são alguns dos obstáculos a serem superados pelas delegações

Publicado por: Campus São Vicente / 26 de Agosto de 2022 às 15:59

Muitas dificuldades têm que ser superadas para que objetivos sejam alcançados, para que vitórias sejam merecidas e para que medalhas sejam conquistadas.

No 7º JIFMT, por trás de toda esta alegria, vibração, união, interação, felicidade e, às vezes choro, tem muita luta, esforço, dificuldades e também sacrifícios.

A professora de Química Ane Francielly Santos, que acompanha os atletas do Campus São Vicente, contou um pouco dos desafios da delegação, como o treinamento e a logística. “Na verdade, a nossa maior dificuldade foi a questão da falta de treinamento e também que o tamanho da quadra dos jogos é diferente da qual onde nós treinamos”, o que acaba atrapalhando o time.

O desgaste de viagens diárias também são empecilhos, mas não impediram que a equipe de basquete masculino se tornasse campeã do JIFMT. Os 110 alunos da delegação não ficaram hospedados em Cuiabá, todos os dias eles voltam para pernoitar em São Vicente. “Uma outra dificuldade é o transporte. Eles estão bem cansados por conta dessa rotina. Eles saem de São Vicente às 5h da manhã, porque os primeiros jogos aqui são 7h30, passam o dia aqui nos três locais onde estão acontecendo os jogos, e retornam após o último jogo, depois das 18h”, explica.

Enquanto nas outras delegações os atletas têm a possibilidade de dormir no mínimo 8 horas, descansando para o dia seguinte de competição, os de São Vicente sequer conseguem completar 6 horas de sono. O descanso é o mais um obstáculo.

“Chegando lá, eles ainda tem que lavar os uniformes para serem usados no dia seguinte”, acrescenta. “Está bem difícil porque eles tem que acordar muito cedo, em torno da 4h, para vir. Estressa muito os alunos e a equipe que está acompanhando eles. Estamos bem cansados por conta desta logística”, completa.

O professor de Química Edvan Rodrigues Gomes, responsável pela equipe de futebol do IFMT Primavera do Leste, que foi campeã da modalidade, destaca que uma das dificuldades de seu time é a qualidade do campo. “A gente não consegue correr, a bola não corre, os meninos se machucam. Dois atletas nossos já se machucaram por causa do campo”.

Em relação ao treinamento, Edvan destaca que os alunos não treinaram o necessário “porque a cidade não tem um espaço adequado para treinarmos. Temos um campo no nosso campus, mas é society”.

“Quase dois anos sem treinamento também dificulta. A gente vem de um período londo sem jogos, então temos que construir isso do zero. Se já tivéssemos uma sequência, saberíamos as peças para construir, para formar um bom time”.

Falta de profissionais
Claudionor Nunes Cavalheiro, único profissional de Educação Física do IFMT Primavera do Leste presente no JIFMT, reclama sobre a sobrecarga de treinamento para os professores da sua área. “Temos cada vez mais atribuições e cada vez menos profissionais habilitados na área. Estamos nos tornando, de certa forma, coadjuvantes dos jogos, porque a gente tem que ter a parceria dos colegas que não são formados”.

“Como a instituição sabe que o esporte educa para a vida, trazendo grandes benefícios para a formação humana integral, seria interessante que se começasse a repensar na contratação de mais professores para se trabalhar os jogos, que é o maior evento do Instituto Federal de Mato Grosso”, enfatiza.

Na delegação do campus São Vicente, a situação é semelhante. “Estamos com técnicos-administrativos e professores de outras áreas acompanhando os alunos, além de um treinador físico, que ficou com os times de futsal e futebol de campo. Um professor de Educação Física, mesmo afastado, acabou auxiliando nossos atletas do judô”, explica Ane.

“Esse pouco apoio se reflete na abertura destes jogos. Sempre tínhamos um lugar de destaque na abertura. Os professores que fazem acontecer os jogos não foram lembrados. De cinco discursos, apenas um lembrou da educação física. Somos nós que levamos este evento nas costas”, resume Claudionor.

“Nosso campus, por exemplo, está com duas técnicas-administrativas, um professor de biologia, um de química, e eu de Educação Física. Temos apenas dois profissionais da área, insuficiente para atender 100 alunos”, finaliza.

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