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Extensionistas são homenageados pelo trabalho com o Teresa de Benguela e fazem relatos comoventes

Publicado por: Reitoria / 26 de Novembro de 2018 às 14:52

Foi uma tarde de relatos de histórias marcantes e tocantes. Assim o reitor do IFMT, Willian Silva de Paula, acompanhado do pró-reitor de Extensão, Marcus Taques classificou a tarde de sexta-feira (23), quando recebeu, em seu gabinete, um grupo de extensionistas dos campi Cuiabá – Octayde Jorge da Silva, Cuiabá - Bela Vista, Várzea Grande, São Vicente e Reitoria, homenageados com a entrega de uma placa alusiva ao trabalho desenvolvido com o programa de extensão Teresa de Benguela.

A placa é uma réplica do Prêmio recebido pelo IFMT em uma disputa com 16 projetos de toda a Rede, na Mostra de Experiências Exitosas da 42ª Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec 2018), em setembro deste ano, em Búzios, no Rio de Janeiro.

“Esta placa simboliza a nossa gratidão e o reconhecimento ao trabalho extensionista de cada um de vocês, coordenadores, que disseram sim a uma chamada audaciosa para atender mulheres que precisam ser vistas e ouvidas. O olhar diferenciado de cada um possibilitou o êxito desta ação, que pretendo fortalecer e enraizar no IFMT. O que eu puder fazer para que mais extensionistas surjam aqui dentro, eu farei. Que mais Teresas venham para nossas vidas e para as vidas de todos vocês”, enalteceu o reitor.

Criado em 2017, com 12 projetos e 329 mulheres atendidas, o Teresa de Benguela atingiu, em 2018, 603 mulheres em risco ou vulnerabilidade social por meio de 18 projetos estimuladores de inserção social e empreendedorismo. O pró-reitor de extensão citou algumas reformulações que estão sendo estudadas para 2019, como a ampliação do tempo para assistência, tutoria para acompanhar melhor as participantes e um aumento da taxa de bancada.

“Fazer extensão com poucos recursos só é possível com o envolvimento profundo dos participantes, como tem acontecido. Os relatos comprovam o alcance do Teresa e algumas mudanças dentro e fora do instituto já estão sendo sentidas. No campus Bela Vista, por exemplo, já mudou a forma de acesso das alunas. Não é mais cobrada a comprovação de endereço dessas mulheres. E o Tribunal de Justiça quer implantar um projeto semelhante na Casa de Amparo às Mulheres”, afirmou Taques.

Relatos de histórias de transformação 

O resgate da autoestima e do sentimento de pertencimento social aliado à semente de esperança em um futuro mais feliz para mulheres que sofreram ou estão em situação de violência foram apontados pelas servidoras Fernanda Caldeira, do campus Várzea Grande, e Adriana Martins de Oliveira, do Bela Vista.

“No projeto Meu primeiro emprego elas não acreditavam que podem ter acesso a uma universidade. Pensavam: ‘esse universo é muito distante, não pertence a nós”. E viram que isso não é verdade, que elas podem sim, vislumbrar um amanhã melhor e acessar os meios para isso”, observou Fernanda.

Apesar dos percalços com os três grupos, das mulheres vítimas de violência do Fórum e da Casa de Amparo e das adolescentes atendidas no Pomeri, os trabalhos de empoderamento feminino de Adriana e seus colegas deram frutos: oito estão inscritas em processos seletivos do IFMT e seis inscritas no supletivo online.

“Esse projeto foi muito significativo na vida das mulheres, segundo elas, mas também para nós, servidores e para a instituição. De nove servidores envolvidos todos tem uma visão diferente sobre mulheres em situação de vulnerabilidade e as potencialidades que a educação pode proporcionar a elas. Isso mostrou que nossa instituição está de portas abertas para receber esse público, inclusive para priorizar a educação desse público que mais necessita”, afirmou a psícóloga.

Sabonetes artesanais, em barras, líquidos e aromatizantes ambientais foram o produto físico do projeto da professora do campus Cuiabá, Ângela Santana de Oliveira. “Tudo foi comercializado recentemente por elas no Dia da Pluralidade Cultural do campus”. Mas o produto mais importante, na avaliação da docente não foi apenas material. “Na formatura uma das alunas mais esforçadas nos contou de sua vitória pessoal. Sofrendo com depressão, o projeto devolveu a ela o ânimo de viver”, relembrou, emocionada, a docente Ângela.

A arquiteta do campus Várzea Grande, que desenvolveu práticas para a formação de azulejistas com as mulheres resumiu o sentimento dos extensionistas dessa forma: “superados tantos desafios as pessoas que mais foram transformadas fomos nós”, reconheceu.

Outras cerimônias de entrega das placas já ocorreram em Tangará da Serra e São Vicente.

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