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História do Câmpus

Vista aérea do IFMT Câmpus São VicenteA Origem e História dos IF’s - Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia insere-se e compõe o processo de transformação socioeconômico e cultural do país desde o inicio do século passado, mais precisamente desde 23 de setembro de 1909, quando o Governo Federal criou por meio do Decreto nº 7.566, a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, instituindo um conjunto de “Escolas de Aprendizes e Artífices”, destinadas ao ensino profissional primário e gratuito com o intuito de prover as necessidades e diminuir as desigualdades sofridas pelos – segundo o então presidente – “desfavorecidos de fortuna”.

Essas escolas tinham na sua nova proposta de ensino o germe do ensino profissionalizante no país, pois propunha que os estudantes formados pela instituição além de alfabetizados e introduzidos nos louros do conhecimento cientifico, pudessem ao deixar a escola, exercer profissionalmente funções antes banalizadas, mas de extrema importância social que faziam parte do cotidiano dos estudantes e da comunidade que compunham, qualificando e valorizando as riquezas e potencias regionais.

Ainda na primeira metade do século XX, dentro da perspectiva de Escolas de Aprendizes e Artífices, sendo reconhecidamente a agricultura e suas vertentes a vocação regional de Mato Grosso bem como a realidade econômica produtiva que se apresentava, foi instituída oficialmente pelo Decreto nº 5.409 do dia 14 de abril de 1943 (data em que comemoramos nosso aniversário) o “Aprendizado Agrícola Mato Grosso” com capacidade para 200 alunos de nível primário, localizado na Serra de São Vicente em Santo Antônio do Rio Abaixo, atualmente Santo Antônio do Leverger.

A área foi doada à instituição através do Decreto-Lei nº 300, de 02 de setembro de 1939, cujo documento pode ser acessado abaixo.

No ano seguinte em 12 de maio de 1944, a instituição ganha nova nomenclatura; “Aprendizado Agrícola Gustavo Dutra” sem alteração de sua atividade fim, educar e oferecer o curso profissionalizante de nível primário a comunidade em torno e demais estudantes que migravam para a localidade buscando agregar e aprimorar o conhecimento prático à teoria e qualificação profissional. A instituição passa a ser referência de formação agrícola promovendo maior inclusão social e crescimento econômico local, fornecendo mão de obra qualificada às empresas incipientes no Estado.

Duas outras mudanças de nomenclatura compõem o histórico da instituição; de “Aprendizado Agrícola Gustavo Dutra” para “Escola de Iniciação Agrícola Gustavo Dutra” em 22 de janeiro de 1947 e posteriormente em 05 de novembro de 1956 para “Escola Agrícola Gustavo Dutra” mantendo sempre suas características e o sucesso das atividades educacionais, integrando e promovendo o crescimento de toda a rede de ensino profissionalizante do país. O reconhecimento social e procura popular pelos cursos profissionalizantes aumentava de acordo com o desenvolvimento econômico da nação e a demanda de mão de obra qualificada em todos os setores econômicos em especial da agricultura no Estado do Mato Grosso.

Uma nova etapa desse processo dá-se no dia 13 de fevereiro de 1964, quando o ano letivo começava com duas novidades para a comunidade estudantil e demais interessados em ampliar e dar sequência à formação acadêmica profissional. O agora “Ginásio Agrícola Gustavo Dutra” oferecia na sua grade curricular o nível médio de ensino, o então ginasial e até pouco tempo 2ºgrau e no exercício da democracia, recebia de portas abertas o ingresso da primeira geração, de tantas outras, do gênero feminino, que enfrentou a sociedade machista e matriculou-se em cursos e instituições antes frequentadas e dominadas apenas por homens. Novos alunos, novas perspectivas e consequentemente novos resultados qualitativos e quantitativos, somado ao ininterrupto crescimento de toda a rede de Ensino Profissional Federal, permitiu-nos galgar e alcançar no dia 13 de março de 1978 o oferecimento do curso Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio, transformando novamente a realidade social da região, atraindo ainda mais estudantes e famílias de todo o Estado do Mato Grosso e regiões vizinhas, que somado aos já moradores, internos e funcionários da escola compuseram a comunidade e mesmo a Vila de São Vicente.

Mediante a realidade e constante expansão dos serviços oferecidos pelo “Ginásio Agrícola Gustavo Dutra” as adequações eram inevitáveis e novamente a nomenclatura foi modificada. No dia 04 de setembro de 1979 a instituição passou a chamar-se “Escola Agrotécnica Federal de Cuiabá-MT”, nome que divide mérito com “Escola Agrícola” de permanecer forte no imaginário e memória coletiva da sociedade mato-grossense que se remetem e identificam-se com o sucesso e prestigio conquistado pela instituição no período e decorrer de sua trajetória.

Outra etapa que demarca grandes mudanças institucionais e dá continuidade ao processo de expansão, inclusão e transformação social foi o advento no ano de 2000 do curso de nível superior de Tecnologia de Alimentos. Dentro da nova perspectiva no espaço de dois anos precisamente, em 16 de agosto de 2002, por decreto do Governo Federal, passamos a ser uma autarquia institucional autônoma, o que na prática representa uma revolução irreversível na estrutura organizacional, administrativa e gestacional, permitindo que o agora CEFET CUIABÁ – Centro Federal de Educação Tecnológica de Cuiabá passasse a oferecer cursos de todos os níveis e modalidades. A nova estrutura institucional trazia consigo ainda mais novidades e perspectivas de crescimento, promovendo um positivo ciclo vicioso de desafios e transformações.

O CEFET CUIABÁ, bem como toda a sua história, marcou e inseriu-se na identidade de diversas gerações que carregam o orgulho de ter participado da construção da renomada instituição educacional, centro de referência em educação e inclusão profissional e social do Estado, que juntamente com o Governo Federal, promove e implementa cursos que visam atender principalmente o núcleo excluído e carente de oportunidades da sociedade, mantendo o caráter inicial e norteador das primeiras escolas técnicas, oferecendo educação pública de qualidade. A exemplo do Proeja – Programa de Educação de Jovens e Adultos lançado pelo Governo e implementado no CEFET em 2007, com turmas presenciais e semi-presenciais, permitindo que “pequenos agricultores” e suas famílias, pudessem retomar o estudo formal sem abandonar o campo, a terra e o trabalho que lhes garante a qualidade de vida e dignidade merecida por quem sustenta a nação com o suor de seu labor.

Sempre pioneiros, atento às possibilidades e oportunidades da realidade e conjuntura nacional o CEFET CUIABÁ participou e contribuiu com as discussões e mesmo composição do quadro de gestores e servidores que promovem e implementam a atual e possivelmente a maior expansão e transformação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, que eleva os CEFET’s e toda a rede oriunda das percussoras “Escolas de Aprendizes e Artífices”, à IF’s – Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, equiparando estes institutos para atuarem como Universidades, preparando e qualificando profissionais de todos os níveis e modalidade, expandindo e abrindo campis, onde houver demanda social e econômica respeitando as vocações, especificidades e cultura regional, promovendo inclusão, transformação, satisfação e mesmo felicidade, através da difusão do saberes, do conhecimento e da prática humana de educar e produzir cultura. Está é a realidade e o sonho que integra o IF - Campus São Vicente desde o século passado até o presente dia do século XXI.

Centros de Referência:
De acordo com a Portaria nº 1.702/2016, assinada pelo Magnífico Reitor do IFMT, professor José Bispo Barbosa, a nomenclatura do Núcleos Avançados foram alteradas, desde o dia 20 de junho de 2016, para Centro de Referência.

Assim, os antigos Núcleo Avançado de Campo Verde e Núcleo Avançado de Jaciara, vinculados ao Câmpus São Vicente, passam a ter a nomenclatura de Centro de Referência de Campo Verde e Centro de Referência de Jaciara, respectivamente.

Localização
Desde junho de 2016, a sede do IFMT São Vicente estava legalmente localizada no município de Campo Verde. A Lei nº 10.403, de 02/06/2016, que dispõe sobre a Consolidação das Divisas Intermunicipais dos Municípios de Acorizal, Barão de Melgaço, Cuiabá, Jangada, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio de Leverger e Várzea Grande, atualizou as divisas destes municípios, estabelecendo que a instituição está na área de Campo Verde.

Com a suspensão dos efeitos da Lei 10.403/2016, de Mato Grosso, que redefiniu limites territoriais entre alguns municípios do estado, o IFMT São Vicente solicitou à Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) um novo certificado de localização. Tal documento (certidão de localização 03/2017), de 05 de junho de 2017, afirma que a sede do Câmpus “encontra-se geograficamente localizada em área isolada do município de Cuiabá”.

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus São Vicente

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Cuiabá/MT