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Pibidianos realizam 1ª Atividade de Campo Mata Viva - PIBID Ciências

Publicado por: Campus São Vicente / 30 de Abril de 2015 às 09:05

Os Pibidianos da Licenciatura em Ciências da Natureza do IFMT Câmpus São Vicente Núcleo Avançado de Jaciara (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES do IFMT) Subprojeto Ciências, promoveram, no dia 07 de Abril, a 1ª Atividade de Campo Mata Viva - PIBID Ciências, que contou com a participação de professores e estudantes do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza e da Escola Estadual Antônio Ferreira Sobrinho.

A escola desenvolve um projeto chamado de Viveiro Educador – Mata Viva Jaciara, no qual promove, há mais de quatro anos, educação ambiental com ações que vão desde a coleta de sementes na mata, o preparo de mudas no viveiro da escola e o plantio dessas mudas em diversas áreas desmatadas da região do município de Jaciara-MT, tais quais como cabeceiras de rios, nascentes e matas ciliares.

A partir deste projeto, e da necessidade da escola que é vincular o ensino de ciências ao projeto Viveiro Educador – Mata Viva Jaciara, o Subprojeto Ciências proposto, planejado e executado na Fazenda 2V consiste em uma Trilha Ecológica/Itinerário da Ciência na qual os Pibidianos conduziram turmas de 1º, 2º e 3º anos por áreas reflorestadas. Estas áreas foram reflorestadas pela própria escola em três períodos: há 1 mês, há 1 ano e há 4 anos. Outra área foi reflorestada por outro projeto há 10 anos. 

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Ao longo desta trilha, foram alocadas quatro Estações de Ciências, sob tendas armadas no campo, sendo uma estação de Matemática, uma de Química, uma de Física e uma de Biologia. Ao todo, foram feitos doze planos de aula, sendo três para cada uma das disciplinas, para cada ano do ensino médio. 

Em cada uma das estações os estudantes do ensino médio receberam um pequeno encarte com exercícios e resumos e tiveram aulas com os mesmos conteúdos que estavam tendo na sala de aula. Porém, agora, esses conteúdos foram contextualizados ao tema meio ambiente e reflorestamento.

No início da manhã, os estudantes receberam prancheta e caneta, e, sob a supervisão dos Pibidianos e professores, iniciaram a trilha. Após o primeiro trecho de caminhada ao longo de uma área reflorestada a 1 ano e 4 anos, os estudantes chegaram à Estação Matemática, na qual puderam medir a altura das árvores reflorestadas a partir de relações trigonométricas e, com essas medidas, estimaram a função de crescimento dessas árvores. Em seguida, foram apresentados aos conceitos iniciais da geometria fractal, a geometria da natureza.

Na Estação Química, os Pibidianos abordaram a questão da água suja causada pelo desmatamento e assoreamento, aplicando conceitos de separação de misturas. Quanto à qualidade do solo, tratou-se de acidez do solo e a sua correção. Os conceitos de química orgânica foram abordados a partir do látex de uma das árvores plantadas pela escola, a sangra d’água (cróton urucuranabaill), que possui fins medicinais. Após mais um período de caminhada, os estudantes almoçaram em um espaço na sede da Fazenda 2V.

No período vespertino, a trilha conduziu os alunos à tenda da Estação Física, que foi armada ao lado da área de nascente a ser reflorestada. Nesta estação, os estudantes tiveram uma aula experimental sobre temperatura e umidade relativa do ar, em um ponto de campo aberto e outro ponto debaixo de algumas árvores, para verificar as diferenças entre áreas de desmatadas e reflorestadas. Na mesma perspectiva foram feitas medidas experimentais da radiação solar com um fotômetro (uma fotocélula acoplada a um multímetro) no campo aberto e debaixo da copa das árvores, na qual a diferença de radiação estimada foi atribuída aproximadamente à energia solar que as árvores utilizam na fotossíntese. Na nascente desmatada também foi calculado a velocidade da água e a sua vazão.

Após estes experimentos, os participantes da atividade de campo fizeram o plantio de espécies de árvores nativas da região: ipê, pata de vaca, aroeira, ingá, jatobá, imbaúba, mutambo, entre outras.

A última estação foi alocada em um local de reflorestamento com 10 anos de idade, com o objetivo de reforçar o imaginário dos estudantes quanto aos resultados das ações efetuadas na atividade de campo. Na sequência da atividade, os estudantes receberam seringas para coletar amostras de água ao longo da trilha até a tenda da Estação Biologia, onde foi feito um experimento com laser verde, no qual é possível identificar micro-organismos unicelulares presentes na água. 

Foi, ainda, realizada uma oficina com maquetes de células vegetais e animais, produzidas artesanalmente em biscuit, com o intuito de identificar cada uma das organelas celulares. Por fim, abordou-se a variabilidade genética, comparando dois pequenos recortes de mata - uma reflorestada e uma natural - demonstrando que mesmo tendo sucesso em um reflorestamento, a mata reflorestada nunca será igual à mata original em variabilidade genética animal e vegetal.

No encerramento da atividade, os estudantes foram convidados a confeccionar um relatório para que se possa proceder a avaliação geral e formal de 1ª Atividade de Campo Mata Viva - PIBID Ciências.

Ações como essa reforçam a certeza de que é possível ensinar ciências de forma significativa e contextualizada, utilizando temas geradores e contribuindo com a alfabetização científica dos estudantes, ou seja, a leitura da natureza a partir dos óculos da ciência.

O professor Dr. Geison Jader Mello, coordenador do curso e do Subprojeto PIBID Ciências da Natureza, destacou a importância das parcerias na realização da atividade. 

"Agradecemos cordialmente à Escola Estadual Ferreira Sobrinho, seu diretor, coordenadora, professores e estudantes pela parceria nesta empreitada, ao Sr. Raimundo Pinheiro proprietário da Fazenda 2V, à Prefeitura Municipal de Jaciara-M, pelo transporte dos alunos, aos professores de Licenciatura em Ciências da Natureza, à Móveis Forte, aos supervisores e bolsistas pibidianos e os demais envolvidos direta ou indiretamente na atividade", enfatizou.

 

 

 

Sérgio Thompson
Ascom/São Vicente

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