Nesta quinta-feira (16/01), no IFMT São Vicente, foi realizada a abertura do Projeto Solo Vivo, com 1ª Reunião Geral e Capacitação. O evento continua nesta sexta-feira e sábado com atividades como coleta de amostra, no Assentamento Santo Antônio da Fartura (Campo Verde/MT) e capacitação sobre estes procedimentos de coleta de amostras.
Este projeto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com investimento de R$ 6,8 milhões, executado pelo IFMT em parceria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri MT), e com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do IFMT (Funadif) visa fortalecer a agricultura familiar na região e promover práticas agrícolas sustentáveis.
Com representantes do MAPA, Fetagri, Funadif, além de articuladores comunitários e equipe técnica do Solo Vivo, foi realizada a assinatura do Termo de Cooperação entre o IFMT e a Fetagri, formalizando a parceria para o desenvolvimento do Projeto. Também houve a apresentação do software solIF, patenteado pela instituição, e capacitação sobre procedimentos de coleta de amostras e outras ações.
Para Frankes Siqueira, Pró-Reitor de Extensão do IFMT, “nós da Extensão trabalhamos além dos muros da nossa instituição, então nossa função é trazer uma sociedade melhor e isso também envolve a alimentação. Melhorar tecnicamente o solo a fim de que tenhamos uma maior produtividade para fixar o homem no campo com rentabilidade, com crescimento econômico, assim surgiu o projeto Solo Vivo”.
De acordo com o professor Marcos Valin Jr., Coordenador Geral do Projeto, “serão publicados dois editais para seleção de extensionistas, com vagas para servidores, alunos de curso superior e alunos do curso técnico integrado ao ensino médio, ampliando ainda mais as oportunidades de participação da comunidade acadêmica”.
Fabrício Ribeiro Andrade, Coordenador Técnico do projeto, enfatizou que durante os trabalhos a natureza precisa e será respeitada. “A área tem que estar em uso e legalmente utilizada. O objetivo é realmente produzir mais, na mesma área, sem desmatamento”.
Ainda conforme Valin, “o projeto prevê a realização de capacitações para a comunidade acadêmica e a prospecção de novas oportunidades de desenvolvimento para o campus. Estamos confiantes de que o Solo Vivo será um marco para o Campus São Vicente, impulsionando o desenvolvimento da instituição e da comunidade.”
Solo Vivo
O Termo de Cooperação e o Plano de Trabalho do Projeto Solo Vivo prevem mapear, diagnosticar e analisar a fertilidade do solo em assentamentos de Mato Grosso, promovendo práticas agrícolas sustentáveis e o desenvolvimento socioeconômico.
Na prática, os campi São Vicente, Juína e Campo Novo do Parecis realizarão a análise gratuita de amostras de solo de todo o estado, utilizando o software SolIF. Esse sistema permitirá um mapeamento preciso das condições do solo nos assentamentos.
Com base nessas análises, serão emitidos laudos contendo informações detalhadas para identificar as culturas mais adequadas a cada propriedade e recomendações técnicas específicas para o plantio.
A meta inicial é coletar e analisar amostras de solo em 10 assentamentos selecionados.
A vigência do Termo de Cooperação é até junho de 2025, prorrogável de acordo com a TED.
O IFMT realizará as análises e o mapeamento, enquanto a Fetagri auxiliará na seleção dos assentamentos, organização das coletas e comunicação com as comunidades.